Em 1969, após tentar suicido Hunter Adams (Robin Williams) voluntariamente se interna em um sanatório. Ao ajudar outros internos, descobre que deseja ser médico, para poder ajudar as pessoas. Deste modo, sai da instituição e entra na faculdade de medicina. Seus métodos poucos convencionais causam inicialmente espanto, mas aos poucos vai conquistando todos, com exceção do reitor, que quer arrumar um motivo para expulsá-lo, apesar de ele ser o primeiro da turma.
Trazendo para discussão a cerca do currículo, o filme aborda de forma brilhante como é a formação desse profissional dentro de um currículo engessado, tradicional, patriarcal, preconceituoso, onde o paciente é apenas um número, ou qualquer outra coisa menos ser humano. Transportando para o âmbito da educação, seria o professor o detentor do saber e o aluno mero agente passivo pronto a receber os conhecimentos que alguém, ou alguma instituição julga necessário ele aprender. Relacionando ainda o filme temos como exemplo o reitor da universidade onde Hunter Adams estudava que desejava sua expulsão por ele não aderir às regras, infelizmente ainda encontramos professor se julgando superior ao aluno, ignorando a relação professor-aluno, negando que todo processo de ensino-aprendizagem ocorre de forma interativa e reflexiva.
Hunter Adams (Robim Williams) acreditava que além da doença existia um ser humano, com sentimentos, medos, frustrações, desejando ser compreendido. O olhar do docente nunca pode se limitar apenas às dificuldades do aluno, mas, a entender porque este aluno não aprende quais as causas da sua dificuldade e procurar dentro deste universo as respostas, mas “procurar onde”? Nas teorias de aprendizagem, será? Nas teorias sim, pois são importantíssimas para embasar a prática de qualquer professor, mas no sorriso que incentiva, estimula, no amor que contagia não esse amor de pieguice e sim segundo Freire (1996) o “amor” carregado de alegria e esperança.